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  • Foto do escritorÍtala Lima

MODA SUSTENTÁVEL X VIDA REAL

Atualizado: 16 de mai. de 2023




Eu não sabia muito bem nem como entitular esse texto para fazer com que você leia. Porque tenho muitos pontos a falar aqui que vão além desse título e que eu PRECISO que você reflita aqui comigo.


No mundo maluco em que vivemos hoje é mais do que necessário, eu diria quase que uma obrigação, pensarmos em consumir de forma sustentável e consciente, sem dúvidas! Mas até onde isso nos aproxima de uma realidade de milhões?


Aí que eu começo o nosso papo. O primeiro ponto é de fato entendermos o que é uma Moda Sustentável. Ao pé da letra seria uma moda que se sustenta? O que isso quer dizer? Bom, minha reflexão começa falando das marcas MARAVILHOSAS que hoje fazem uma moda Slow, ou seja, com um tempo de produção de coleções de forma ordenada, sem pequenos prazos entre uma coleção e outra e em marcas realmente sustentáveis com uma cadeia de produção pensada no meio ambiente; então, com tecidos naturais, tingimentos ecológicos e atenção a toda ao impacto ambiental que toda a cadeia produtiva dessa confecção. PERFEITO né? Sim, em um mundo ideal!


Mas qual o “problema” dessa produção? Ela não é acessível para a maior parte da população do nosso país! INFELIZMENTE! Por mais que eu seja super a favor de comprar uma boa peça, com preço mais elevado, porém, maior qualidade, menor impacto e consciência ambiental, não é o que a maioria do povo brasileiro pode comprar, essa roupa não é acessível. Uma pessoa comum de classe C ou D não consegue comprar de uma marca verdadeiramente slow.


Ok, então o que essas marcas podem fazer para aproximar esse público delas? Palestras, Ações sociais, eventos. Ok! Tudo muito legal a longo prazo. No fim da palestra aquele consumidor ainda sai sem poder comprar uma peça daquela marca. Em muitas vezes, até a costureira, a piloteira, etc que participaram ativamente da confecção daquela peça, não podem tê-las dentro dos seus armários.

E sim, isso vira uma Moda para poucos.

E aí então partimos para o segundo ponto de reflexão. Onde essas pessoas compram então?

Sim, nas fast fashion e nas lojas de bairro. Elas podem até buscar peças que IMAGETICAMENTE tragam a estética da marca verdadeiramente sustentável, isso as aproxima daquele universo, mas lá no início da cadeia de produção, estão longe da ideologia. Mas para elas, isso, nesse momento, é menos importante.


Podemos julgar ou condenar essas pessoas por comparem onde elas podem? Claro que não! É como julgar uma família que vive a base de miojo e bolacha quando a cenoura passa de R$ 15,00 o kg. Ela vai comer o que naquele momento mata a fome dela, entende? Com a roupa é a mesma coisa!


Aí você me diz, mas Ítala, temos aí os brechós, uma excelente opção para o consumo consciente e sustentável. Concordo! Eu também amo! Masssss para algumas pessoas comprar uma roupa nova, nunca usada, com cheirinho de loja é um sonho, é conquista e é satisfação pessoal! Muitas dessas pessoas viveram infância e juventude ganhando peças de doação, nunca conseguiram colocar de fato sua personalidade no que vestem e digo mais, tem dificuldade em reconhecer seu estilo por conta disso! Eu posso condenar essa pessoa por não querer comprar em um brechó e preferir comprar na C&A? NÃO, não posso. É muito injusto!


E como fica o meio ambiente nisso tudo? Como então aproximar o consumo consciente e sustentável para essa pessoa? Expandindo a consciência de compra! Essa é a chave e o segredo mais importante do consumo sustentável. SABER COMPRAR!


Não é porque a Fast Fashion lança coleção nova todo dia, que toda semana, todo mês, todo dia que você vai sair que você vai comprar uma peça nova. É aí que tá o pulo do gato! Conscientizar a população a comprar melhor! E entender o que é necessidade e o que é consumismo.


Muitas vezes as pessoas gastam suas economias comprando em promoções, somente pela satistfação em saber que ela voltou pra casa cheia de sacolas. É AÍ QUE MORA O PROBLEMA minha gente! Ela pode não poder comprar na Marca Slow, ela se afasta daquele universo por não pentencer a ele, mas a socidade ao invés de educá-la a comprar com consciência a julga por estar comprando em um grande magazine. ENTENDEM O PONTO PROBLEMÁTICO DA QUESTÃO?


Para essa pessoa é muito mais satisfatório comprar 10 peças que totalizam R$ 500,00 e parcelar em 24x do que comprar uma única peça no mesmo valor, ainda que seja parcelada. É o sentimento de poder, de pertencimento e de satifação que fala mais alto. É o que ela sempre quis viver!


Então a minha proposta aqui é que possamos pensar em conscientizar uma população que em sua maior parte não tem acesso a marcas sustentáveis e ecológicas em como elas podem ser conscientes em suas compras. Em como elas podem sim continuar consumindo em um grande magazine mas de forma ordenada e consciente. Pois, a partir do momento que mudamos como consumidores, as marcas mudam sua forma de produzir.


Além disso, minha proposta é que as marcas que tem em seu propósito um consumo ordenado, pensado em como gerar menor impacto ambiental, na diversidade, inclusão e em um mundo melhor criem ações que de fato tragam a grande população para perto delas. E não estou falando apenas em classe social, mas em diversidade de tamanhos, inclusão e conscientização social.


Será que elas tem esse interesse? Uma marca Slow teria coragem de fazer uma Collab com um grande magazine? Já aconteceu, foram poucas, mas eu acho que é nesse ponto que começamos a ganhar.

Moda sustentável NÃO É SÓ comprar em Slow Fashion e em brechó, Moda sustentável é saber quando, o que e porque comprar.

E com isso, posso te ajudar! Clica aqui para saber mais




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